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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Dia Mundial do Diabetes

Celebrado anualmente em 14 de novembro; criado em 1991 pela International Diabetes Federation (IDF) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) tem como objetivo dar resposta ao aumento alarmante de casos de diabetes no mundo. A celebração da data tornou-se, no ano de 2007, dia oficial de saúde da ONU após aprovação das Nações Unidas em Dezembro de 2006. Em memória do dia de aniversário de Frederick Banting, que, juntamente com Charles Best, criou a primeira ideia que levou à descoberta da insulina em 1922.

Todos os anos são escolhidos um tema pela Federação Internacional de Diabetes para alertar sobre as problemáticas e necessidades que enfrentam os doentes diabéticos. Visam, consciencializar as pessoas sobre a doença e divulgar as ferramentas de prevenção; para as pessoas que sofrem de diabetes, as ações objetivam difundir métodos para melhorar o conhecimento da diabetes de forma a compreender a doença e prevenir as complicações.
O Dia Mundial do Diabetes é comemorado a nível mundial em mais de 200 associações membros da International Diabetes Federation e em mais de 160 países de todo o mundo.

Uma das patologias que mais preocupam oftalmologistas, uma doença que provoca o aumento da quantidade de açúcar (glicose) no sangue por falta absoluta ou relativa de insulina. A insulina é o hormônio que regula o nível do açúcar (glicose) no sangue e é produzida pelo pâncreas. Uma doença com evolução silenciosa, que pode afetar crianças e adultos, e é um dos principais motivos de cegueira no mundo. Seus portadores são mais propensos a desenvolverem problemas oculares, como Catarata e Glaucoma. Porém, a principal ameaça à visão são as doenças que afetam a retina, após aproximadamente 20 anos a maioria dos pacientes desenvolvem mudanças na região, esse efeito é chamado de Retinopatia Diabética.

A Retinopatia é uma doença complexa e progressiva, podendo se apresentar de duas formas: não proliferatica e proliferatica – ambos os casos pode levar a perda da visão. Com o aumento dos níveis de açúcar no sangue, os vasos sanguíneos perdem sua permeabilidade e acabam extravasando fluídos e sangue para a retina, provocando assim edemas. Além de aumentar as chances de hemorragia, também pode causar infiltrações no próprio globo ocular.
Como sua identificação só pode ser feita por meio de exames, como o de fundo de olho, o procedimento é classificado como obrigatório pelo menos uma vez por ano, em todas pessoas portadoras de diabetes tipo 1 e tipo 2, e em gestantes que desenvolvem diabetes gestacional. Um bom controle da taxa glicêmica não irá prevenir o aparecimento da doença, mas pode retardá-la por alguns anos.

Em um prazo de até 20 anos após diagnosticados com diabetes tipo 1, praticamente todos os pacientes têm alguma evidência de retinopatia diabética. Essa complicação comum, resultado do dano à retina causado pelos altos níveis de glicose, é a principal forma de doença ocular entre diabéticos. Também aflige os pacientes do tipo 2, a maioria dos quais apresentam sinais de retinopatia no momento em que são diagnosticados.

 Embora o envelhecimento cause mudanças naturais aos olhos que podem diminuir a visão, a diabetes pode tornar as coisas piores. Você pode apenas precisar aumentar seu grau ou perder alguma visão periférica.

Entretanto, a diabetes também pode ter um impacto devastador sobre a visão. Em um estudo, 3,6% dos pacientes com diabetes tipo 1 estavam cegos, enquanto aproximadamente a metade dos pacientes com tipo 2 tinha algum nível de perda visual. 


Não minimize os problemas de visão como efeitos da fadiga ou avanço da meia idade, especialmente se eles forem persistentes ou estiverem piorando. Fale com o seu médico se sentir quaisquer dos seguintes incômodos visuais: 

·         visão embaçada
·         cegueira noturna
·         visão dupla
·         perda da visão periférica
·         dificuldade na leitura
·         sensação de pressão nos olhos


Como muitas das complicações da diabetes, um dos maiores fatores de risco para desenvolver problemas de visão causados pelos níveis de açúcar elevados no sangue é o tempo. Ou seja, quanto maior for o tempo de diagnóstico da sua diabetes, maior o risco de desenvolver retinopatia. Principalmente se você tiver diabetes tipo 1.



Anos após o surgimento da diabetes tipo 1
Pacientes com sinais de retinopatia
3
8%
5
25%
10
60%
15
80%

www.uaderj.org.br/wpress/o-que-e-o-diabetes/a-visao-no-diabetes/
www.mdsaude.com › Endocrinologia  Diabetes mellitus


quinta-feira, 10 de outubro de 2013

PASSEIO PÚBLICO – Falta de padronização das calçadas ainda compromete direito de ir e vir do pedestre

Os buracos e os desníveis das calçadas estão entre os principais obstáculos encontrados para um caminhar seguro. Diante do problema, a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) orienta prefeituras para a adoção de medidas que favorecem a infraestrutura urbana e auxiliam na mobilização dos proprietários. Embora o poder público estipule regras para a construção de calçadas e disponibilize material informativo para orientar os proprietários de imóveis sobre o passeio público, ainda são muitos os obstáculos para um caminhar seguro e acessível. Buracos, pedras soltas, desníveis, uso de pisos escorregadios são alguns dos exemplos que diariamente vitimam pedestres menos atentos ou os mais vulneráveis a tropeços, quedas e até mesmo fraturas.
Para uniformizar o passeio público, mobilizar os donos de imóveis demanda um esforço conjunto de prefeituras e órgãos técnicos, que além de definir parâmetros para a construção de calçadas auxiliem na transferência de conhecimento para que a paisagem e as condições de uso estejam dentro do chamado Desenho Universal. “O termo refere-se a parâmetros para a construção arquitetônica ou adaptação de espaços físicos, acessível a todos os cidadãos”, explica o gerente da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) da regional São Paulo.
Segundo ele, promover o desenho universal é a tarefa da ABCP ao estabelecer parcerias com prefeituras, estimulando a adoção de práticas que favorecem a conscientização da necessidade de um caminhar seguro e de uma paisagem urbana mais bonita.
 Desenho Universal aplicado ao passeio público
A definição legal do conceito de Desenho Universal foi estabelecida pela Lei 10.098, de 2000, e pelo Decreto 5.296, quatro anos mais tarde, tendo sido normatizada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Para enquadrar as calçadas nos parâmetros do Desenho Universal, o calçamento precisa oferecer boas condições de trafegabilidade, manutenção fácil e qualidade urbana.
Dentro desse conceito, muitas prefeituras, em parceria com a ABCP, adotaram medidas para melhorar a infraestrutura urbana e mobilizar os proprietários de imóveis. Nesses moldes, estão as calçadas que prevêem a existência de até três faixas. A 1ª faixa, chamada de faixa de serviço, estaria destinada a árvores, rampas de acesso para veículos ou pessoas com deficiência, postes, orelhões, lixeiras, entre outros artifícios. A 2ª faixa prevê um passeio livre, exclusivo ao trânsito seguro de pedestres e a 3ª, a faixa de acesso, funcionaria como uma faixa de apoio à propriedade, principalmente para estabelecimentos comerciais, onde poderiam ser disponibilizados toldos, mesas de bar, floreiras.
ABCP, por meio de pesquisas e do desenvolvimento de processos da cadeia produtiva do cimento, promove essas adequações transferindo conhecimento e orientando o corpo técnico das prefeituras, além de gestores e executores de obras, explica Moschetti. “Destacamos os tipos de pavimentos, dentre os quais estão o ladrilho hidráulico, o pavimento intertravado, as placas de concreto e os concretos moldados in loco, entre eles o estampado, que garantem a qualidade e o atendimento às normas para construção e reformas de calçadas. Disseminando essas informações, o dono do imóvel pode buscar orientação qualificada junto à prefeitura da sua cidade e proceder com a reforma, para que todos se beneficiem”.
Bem estar social
Como meio para a circulação das pessoas, as calçadas cumprem o papel de proteger os pedestres que nela trafegam. Daí a importância de um poder público fiscalizador, que notifique donos de imóveis frente à necessidade de adequação do calçamento e de proprietários conscientes, que ponham fim à situação de risco que uma calçada mal conservada pode ocasionar. O trânsito livre não é importante apenas para os idosos, parcela mais vulnerável a quedas e fraturas, ou pessoas com deficiência, que ganham em autonomia com um passeio público seguro. Condições adequadas de acessibilidade contribuem para a qualidade de vida e o bem estar de todos. Para saber se uma calçada está em boas condições, basta verificar se não existem desníveis, como degraus, buracos, pedras soltas ou outros obstáculos para a passagem de pedestres. A arborização alinhada, com espaço para as raízes, também é essencial. Caso não haja essa conformidade, o ideal é procurar o poder público para orientação de como proceder com uma reforma que assegure o trânsito livre.









Sobre a ABCP
A Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) é uma entidade sem fins lucrativos, mantida pela indústria brasileira do cimento, que há 75 anos promove estudos sobre o cimento e suas aplicações. Reconhecida nacional e internacionalmente como centro de referência em pesquisas da construção, a ABCP também atua no desenvolvimento de tecnologias sobre o concreto e mantém uma equipe de profissionais graduados à disposição do mercado, para treinamentos, consultoria e suporte a grandes obras da engenharia brasileira. Tudo isso para garantir a qualidade e as boas práticas do produto que representa. Para saber mais sobre a ABCP, visite o site www.abcp.org.br.
Para conhecer o programa “Soluções para Cidades”,



domingo, 6 de outubro de 2013

SAIBA COMO PROTEGER A VISÃO E EVITAR PROBLEMAS NO OLHO AO LONGO DA VIDA

Cuidar dos olhos é um hábito que deve fazer parte de toda a vida. Isso porque a visão tende a diminuir com a idade e, por isso, é importante preservá-la para evitar problemas ao longo dos anos. Existem recomendações que valem para todas as idades, como evitar coçar os olhos, por exemplo, já que isso pode machucá-los e facilitar o surgimento do ceratocone, uma deformidade na córnea. Além disso, é preciso tomar cuidado na hora de usar o computador já que, nesse momento, a pessoa pisca menos e o olho pode ficar seco, como alertaram os oftalmologistas.
Confira abaixo quais os cuidados mais importantes em cada fase da vida:
0 aos 10 anos de idade

Nesse período, as crianças aprendem a enxergar e a visão é desenvolvida. Porém, esse aprendizado depende muito de condições adequadas e, caso ocorra algum estímulo errado, a criança pode ter ambliopia, um problema por causa do mau desenvolvimento da visão. Ela pode, portanto, aprender a enxergar do jeito errado e ficar “cega” de um dos olhos, o que pode ser o estrabismo ou um grau de óculos diferente.
Em caso de estrabismo, a criança precisa começar um tratamento com um tampão, que vai forçar o olho com problemas a enxergar direito. Quanto antes for feito isso, melhor, porque a correção só é possível até os 6 ou 8 anos de idade. Se não houver nenhuma queixa da criança, ela deve fazer a primeira visita ao oftalmologista entre os 3 e 4 anos, fase em que é possível examinar melhor e ouvir o que ela tem a dizer sobre sua visão. Depois disso, a visita pode ser feita em intervalos de 1 ou 2 anos.

10 aos 20 anos de idade

Essa é a fase em que costumam aparecer a miopia e o ceratocone. Na adolescência, os pais devem ficar atentos ao mau rendimento dos filhos na escola e às queixas de cansaço visual, embaçamento da visão, entre outros problemas.
Outro fator muito comum nessa época é o uso contínuo do computador, que faz o jovem forçar os olhos e piscar menos. Com a visão mais exposta, os olhos ficam mais secos, como explicou o oftalmologista Renato Neves. Para evitar isso, o ideal é fazer pausas do computador a cada hora para fazer bem não só para os olhos, mas também para a circulação do corpo e para as costas.

20 aos 40 anos de idade

Nessa época, assim como em todas as outras, a dica é evitar o cigarro, que compromete a circulação sanguínea da retina, reduz a quantidade de antioxidantes no sangue e afeta a visão. Mesmo quem parou de fumar há 15 ou 20 anos apresenta mais chances de sofrer doenças oculares do que aqueles que nunca fumaram – por isso, quanto mais cedo o paciente parar, menores são as chances de doenças como a degeneração macular.
Para as mulheres, é preciso tomar cuidado com o prazo de validade da maquiagem. Depois do prazo, o produto pode sofrer modificações que causam alergia. As lentes de contato também exigem atenção porque se não forem bem higienizadas, podem irritar ou contaminar os olhos. Além disso, não é recomendado dormir com a lente nos olhos.
A automedicação também é perigosa porque pode agravar doenças oculares - por isso, é importante evitar remédios vendidos sem receita. Colírios com cortisona, por exemplo, aumentam a pressão ocular e podem levar ao glaucoma ou até mesmo à catarata precoce. Por isso, a lágrima artificial é o produto com menos risco, já que é uma espécie de colírio sem medicamentos. Na hora de aplicá-la, é preciso manter as mãos limpas e afastar a pálpebra dos olhos, como explicaram os oftalmologistas.

40 aos 50 anos de idade

A partir dessa época, é importante ir ao oftalmologista uma vez ao ano para fazer um simples exame de medir a pressão dos olhos. Se a pressão estiver alta, pode levar ao glaucoma, doença silenciosa que pode causar cegueira irreversível. Para ajudar a tratar isso, são usados colírios para diminuir a pressão ou, se isso não for suficiente, um tratamento com laser ou cirurgia. A partir dos 40 anos, 99,9% da população tem a chamada “vista cansada” ou presbiopia, que é a dificuldade de enxergar de perto por perda da capacidade de foco. Isso acontece porque a lente dos olhos, o cristalino, vai perdendo sua capacidade com o envelhecimento. Para corrigir, existem dois tipos de cirurgia: com laser ou um implante de lentes, semelhante à cirurgia de catarata.

A partir dos 50 anos de idade

Nessa fase, aumentam as chances de doenças como catarata e degeneração macular, um problema na parte central da retina, responsável pela percepção de detalhes, formas e cores. Para diminuir o risco desse problema, é importante ter uma alimentação equilibrada e com boa quantidade de antioxidantes, substâncias que podem retardar o surgimento dessas doenças. Alimentos ricos em vitaminas A, E, D e zinco são importantes, assim como os ricos em luteína, que também protegem os olhos das lesões causadas pelos raios solares. Entre esses alimentos, estão a couve, espinafre, brócolis, milho, ervilhas e ovos, por exemplo.



terça-feira, 6 de agosto de 2013

CEGUEIRA NO BRASIL..causas e números

Cegueira na população brasileira: 0,3% da população em regiões de boa economia e com bons serviços de saúde; 0,6% da população em regiões de razoável economia e com pobres serviços de saúde; 0,9% da população em regiões de pobre economia e com pobres serviços de saúde; 1,2% da população em regiões de muito pobre economia e com muito pobres serviços de saúde. Para o ano de 2004, as estimativas sobre o número de cegos no Brasil oscilavam entre 1 milhão e 1,2 milhões de pessoas: População Pobre: 85 milhões X 0.9% = 765.000 População Intermediária: 69 milhões X 0.6% = 414.000 População Rica: 16 milhões X 0.3% = 48.000 / Total = 1.227.000. Deficientes Visuais no Brasil: em 2004, cerca de 4 milhões de pessoas (acuidade visual no melhor olho entre 20/60 e 20/400). 60% das cegueiras são evitáveis; 90% dos casos de cegueira ocorrem nas áreas pobres do mundo; 40% têm conotação genética (são hereditárias); 25% têm causa infecciosa e 20% das cegueiras já instaladas são recuperáveis. Cegueira no adulto: As quatro maiores causas são a catarata, o glaucoma, o diabetes (via retinopatia diabética e suas complicações) e a degeneração macular relacionada à idade. Outras incluem o tracoma, os traumatismos, as uveorretinites, o descolamento de retina, as infecções, tumores e hipertensão arterial. Cegueira Infantil: Anomalias do desenvolvimento, as infecções transplacentárias e neonatais (como exemplo, a toxoplasmose, a rubéola, a sífilis), a prematuridade, os erros inatos do metabolismo, as distrofias, os traumas e os tumores. Degeneração macular relacionada à idade (DMRI): É a causa mais comum de cegueira irreversível no Ocidente. Estudos recentes sugerem que cerca de 10% das pessoas entre 65 e 74 anos e aproximadamente 30% dos maiores de 75 anos são afetados, em alguma extensão, pela DMRI. Com essas cifras, calculamos que aproximadamente 2.902.400 mil brasileiros, acima de 65 anos, sofrem de DMRI em estágios variados de evolução. Existem dois tipos de DMRI: a forma atrófica ou seca, responsável por cerca de 90% dos casos e a forma exsudativa ou úmida, compondo os 10% restantes. Fatores de risco: idade (o mais importante), sexo (as mulheres são mais afetadas), hereditariedade (10 – 20% dos doentes têm antecedentes familiares), pigmentação ocular (a DMRI acomete mais os indivíduos brancos, e entre esses, os que têm íris azuis), tabagismo, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, hipermetropia e fatores ambientais, como a fototoxicidade (luz branca e ultravioleta) e a nutrição. Diabetes: Os dados são alarmantes e as projeções assustam. Segundo a Organização Mundial de Saúde e a Federação Internacional de Diabetes (FID), em 2025 o mundo terá 300 milhões de diabéticos.

 No Brasil, 7,8% da população é diabética (13.260.000 brasileiros) e cerca de 50% das pessoas diabéticas (6.630.000) têm o risco de desenvolver retinopatia diabética. Os obesos representam a maior taxa de risco: 2% dos adolescentes obesos são diabéticos e 12% têm intolerância à glicose. Observa-se um aumento das doenças associadas ao diabetes mellitus: hipertensão arterial, hiperuricemia, hipertrigliceridemia e baixo nível de HDL (o colesterol bom). O estresse da adaptação (pessoas vindas do campo para a cidade), a ansiedade e a angústia, somados à obesidade e ao sedentarismo, são fatores causais importantes. Existem dois tipos de diabetes: o tipo I, infantil ou insulinodependente e o tipo II, do adulto, não-insulinodependente. No primeiro grupo, cerca de 25% dos pacientes desenvolverão retinopatia diabética após 5-10 anos de evolução da doença. Cerca de 70% terão essas alterações após 10 anos e 90% após os 30 anos de evolução. No segundo grupo: 10% dos pacientes apresentam sinais da retinopatia na data do diagnóstico; 25% após 10 anos de evolução da doença e 60% após 15 anos. Fatores de risco para o agravamento da retinopatia diabética: a duração da doença, pressão arterial elevada, íris azul ou cinza, fumo, gravidez, hormonioterapia, uso de drogas e a cirurgia de catarata. Vícios de refração Miopia: Maior que 1 dioptria = 1D. 16% da população geral.

 A miopia degenerativa representa cerca de 10% da população miópica. Significa que o Brasil, com 170 milhões de habitantes, tem 27 milhões de míopes e 2,7 milhões de pessoas com miopia degenerativa. Hipermetropia: Maior que 1 dioptria. 34% da população geral. Emetropia: 50% da população geral. Presbiopia: para os 45.464.321 brasileiros acima dos 40 anos de idade. Catarata Senil: Ainda é considerada a maior causa de cegueira no mundo. Sua incidência é de 17.6% nas pessoas entre 55 e 65 anos; 47.1% no grupo entre 65-74 e 73.3% nos pacientes acima de 75 anos. Calcula-se que existia até 1997 cerca de 600.000 cegos por catarata no Brasil, com incidência anual de 20% (ou 120.000 novos casos/ano). Com o aumento do número de cirurgias de catarata, a partir de 1998, estima-se que a prevalência atual seja de aproximadamente 350.000 cegos por catarata.

Catarata Congênita: Responsável por grande parte dos casos de deficiência visual na infância, quando presente bilateralmente. Nos casos unilaterais, ela pode ocasionar ambliopia severa, necessitando de tratamento prolongado. A catarata congênita é uma das mais comuns anomalias do olho e se situa entre 10 e 39% de todas as causas de cegueira em crianças. A extensão do problema pode ser melhor avaliada se nos lembrarmos de que 1 entre 250 recém-natos (0,4%) tem alguma forma catarata congênita. 38% das cataratas congênitas são causadas por doenças infecciosas contraídas pela mãe durante a gestação e portanto evitáveis. As principais causas são: Rubéola, Sífilis, CMV e Toxoplasmose.

Glaucoma: É a terceira maior causa de cegueira no Brasil. O tipo mais freqüente é o glaucoma crônico de ângulo aberto. Sua incidência é de 1-2% na população geral. Aumenta após os 40 anos, podendo chegar a 6-7% após os 70 anos. O acometimento é bilateral na grande maioria dos casos. Caráter hereditário e os parentes em 1º grau dos portadores têm 10 vezes mais chances de desenvolver a doença. Estima-se que existam 450 a 500 mil brasileiros glaucomatosos. Os danos visuais causados pelo glaucoma são irreversíveis. Por tratar-se de uma doença crônica, incurável, temos grande preocupação com a fidelidade do paciente ao tratamento, para o seu controle adequado.

Descolamento de retina: É difícil levantar dados estatísticos fidedignos em relação à incidência e prevalência do descolamento de retina, mas vários estudos epidemiológicos bem conduzidos apontam uma incidência anual de cerca 1:15.000 na população geral. Presumindo-se que cada pessoa é vulnerável ao descolamento durante 50 anos de sua vida, a prevalência é de aproximadamente 0.3% da população. Se centrarmos nosso cálculo apenas na população acima dos 9 anos de idade (140 milhões de habitantes), estimamos que 400.000 brasileiros têm ou poderão ter descolamento de retina. Essa prevalência é maior entre os altos míopes (5%). Entre os áfacos é de 2%, podendo chegar a 10% nas facectomias acidentadas (felizmente hoje extremamente raras) com perda de vítreo, por exemplo. As associações mais comuns ao descolamento de retina são a miopia, a afacia (incluindo a pseudofacia) e os traumas. Aproximadamente 40-55% de todos os pacientes com deslocamento de retina são míopes, 30-40% são áfacos, ou pseudofácicos e 10-20% têm história de trauma ocular direto. A incidência familiar do descolamento de retina idiopático e sua bilateralidade é observada em 3,5% e 13,3% dos casos, respectivamente. Trauma Ocular: 90% dos traumas oculares podem ser prevenidos. Os traumas domésticos correspondem a 40-45% do total de acidentes oculares, e 26.9% das feridas perfurantes oculares acontecem no ambiente doméstico. Do total desses traumas perfurantes, 30.3% são devidos a objetos volantes (fragmento de vidro ou porcelana), 30.3% à contusão, 21.1% a objetos pontiagudos, 8.2% a explosões e 6.4% causados por projéteis (Bonanomi MTBC, Alves MR, Kara-José N & Souza Jr. NA. Ferimento perfurante do globo ocular em adultos. Arq. Bras. Oftal. 43; 81-07,1980). Convém ressaltar que 79.1% dos traumas oculares em crianças ocorrem em casa, sendo faca, garfo e tesoura responsáveis por mais de 50% dos ferimentos oculares perfurantes vitimando crianças na faixa etária de 1-10 anos. Em crianças menores de 5 anos, o cigarro foi a causa de 31.8% das queimaduras oculares. A auto-agressão foi responsável por 46% dos traumas infantis contra somente 10.1% de agressão intencional. De maneira geral, os acidentes domésticos em crianças são mais freqüentes e mais graves que os ocorridos na escola, pois nessa os objetos mais usualmente relacionados ao trauma não estão ao alcance da criança (Kara-José N, Alves MR, Almeida GV, Sampaio MW, Milani JÁ & Paulino E. Subsídios para o estudo do trauma ocular. Publicação do Depto. de Oftalmologia da fac. Ciências Médicas da Unicamp, 1984). Entre os agentes causais de acidentes oculares apontamos a explosão de garrafas de refrigerantes carbonados, o vidro (com significativa participação de fragmentos de garrafas), explosão de vidro de esmalte, bombas juninas, e chumbinhos de espingardas de pressão.

Os acidentes automobilísticos constituem a principal causa de ferimentos perfurantes do globo ocular entre vítimas atendidas no Hospital das Clínicas da FMUSP. Os acidentes oculares do trabalho constituem um dos mais sérios problemas enfrentados pela medicina do trabalho, representando um importante fator de cegueira profissional (Kara-José N & Alves MR. O trauma ocular como causa de cegueira no Brasil. In: Trauma Ocular. Moreira Jr. CA, Freitas D & Kikuta HS. Biblioteca Brasileira de Oftalmologia, 1997, Rio de Janeiro, p.1-4). Estrabismo: Incidência de 3 a 5% na população geral, é uma das maiores causas de ambliopia na criança. Requer tratamento precoce e os pais devem levar as crianças ao oftalmologista tão logo notem qualquer desvio ocular. Atualmente, orientamos para que a primeira consulta oftalmológica seja feita por volta dos três anos de idade, e não mais aos sete como até pouco. Ambliopia: 2 a 5% da população geral.

Retinopatia da Prematuridade: 30.000 casos por ano no Brasil. Estima-se que o genoma humano contenha de 30.000 a 60.000 genes, os quais são responsáveis por algo em torno de 3.900 doenças hereditárias conhecidas segundo o catálogo de McKusick: Herança mendeliana no homem. Calcula-se também que cada pessoa tenha, pelo menos, um gene recessivo predispondo os descendentes a doenças hereditárias.


Texto adaptado, com trechos totalmente ou parcialmente transcritos a partir do trabalho dos médicos oftalmologistas Elisabeto Ribeiro Gonçalves, Marcos Ávila e Nelson Louzada, para o projeto "Pequenos Olhares", do Conselho Brasileiro de Oftalmologia.