Meu nome é Juliana Martins, sou Deficiente Visual desde nascença. Perdi minha visão por causa de uma doença chamada:
Retinopatia da Prematuridade.
Com 5 anos me mudei para a Cidade de Santa Bárbara Doeste. Tive meu primeiro contato com a Orientação E Mobilidade no Distrito de Americana. Mas por causa da insegurança, não saía sozinha. Aos 8 anos voltei para São Carlos, onde resido atualmente. Aqui, eu também dependia da minha família para tudo. Foi quando eu conheci minha professora. Ela sempre me dizia que eu era capaz, mas eu pensava:
“Jamais vou aprender a andar sozinha pela cidade".
"Esta foto mostra Juliana em aula
de locomoção, a caminho do Mercado
Municipal, pela entrada lateral do túnel."
Isso é uma grande besteira. Como pode um deficiente visual saber o caminho que deve tomar?”
Quando eu andava de transporte público, pensava que estava sempre no mesmo lugar. Mas com o passar do tempo e o incentivo da minha professora, vi que não é assim. Comecei a sair primeiramente no meu bairro. Depois fui me aprofundando mais, e passei a usar o transporte público, já com uma certa noção de onde eu queria chegar. Devo confessar que no começo foi muito difícil. Pois além de tudo isso, a gente enfrenta muitos obstáculos tais como:
- Lixeira fora do lugar;
- plantas nas calçadas;
- os orelhões;
- calçadas em péssimo estado, enfim muitos obstáculos. Mas principalmente a falta de informação das pessoas.
"Esta foto mostra Juliana passando ao lado uma lixeira
que se encontra fixada a parede"
"Esta foto mostra galhos de arbustos invadindo
a calçada, atrapalhando a passagem de pedestre,"
"Esta foto mostra um orelhão fixado a
parede sem nenhuma sinalização tátil
em seu entorno".
Hoje já me sinto mais segura, mas ainda há muito que aprender. Por isso eu digo:
“Jamais se deixe vencer por qualquer obstáculo, pois assim, você mostrará ser capaz”.Juliana Martins.
Enfrentar os obstáculos é uma excelente maneira de os tornar visíveis a todos. Maria Martha Ferrari
ResponderExcluir