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domingo, 24 de outubro de 2010

POR UM TRANSPORTE ACESSÍVEL

Dentre as várias funções de um profissional em orientação e mobilidade, a questão da acessibilidade esta sempre presente, não tem como trabalhar a locomoção sem preocupar com as condições e como ela se dá, indiscutivelmente acessibilidade em todas as suas variedades estão presentes em nosso trabalho.

Quando falamos em acessibilidade, precisamos olhar para as pessoas, e entender o que significa o desenho arquitetônico, o planejamento da cidade. Há portanto vários desafios a serem vencidos, a atitudinal com certeza é a principal, além da arquitetônica e de comunicação. O desconhecimento sobre as pessoas com deficiências ainda é muito forte em todos os níveis. Quando se discutem meios de transportes para pessoas com deficiência á primeira coisa que vem a nossa mente é a imagem de uma pessoa em uma cadeira de rodas parada esperando interminavelmente a chegada de um transporte que seja adaptado, com piso rebaixado para entrada independente ou com dispositivo para a elevação da cadeira até o interior do veículo.

Poucos se lembram que o transporte precisa ser acessível às pessoas com outras deficiências, assim como uma pessoa em cadeira de rodas precisam se deslocar pelas cidades em busca de trabalho, estudo, lazer, também as pessoas com deficiência visual necessitam. Como é possível alguém com uma deficiência visual se deslocar com autonomia e rapidez utilizando-se dos meios de transporte público?

Em nosso município a luta pelo transporte acessível ás pessoas com deficiência visual vem desde o ano de 2004, estamos aguardando iniciativas. Alguns municípios criam estratégias para tentar contornar a falta de iniciativa dos órgãos responsáveis, são soluções que não permite a autonomia da pessoa com deficiência.

Jaú deve ser o primeiro município brasileiro a receber sistema pioneiro de sinalização eletrônica, que permite aos deficientes visuais ter acesso com autonomia no transporte coletivo.

O sistema é composto por um aparelho receptor, instalados nos ônibus, e um transmissor que fica com o usuário. O passageiro memoriza no aparelho o código da linha. Ao chegar ao ponto de ônibus, seleciona a linha desejada e o aparelho emite ondas de baixa freqüência com raio de 100 metros, possibilitando ao motorista receber sinal luminoso e sonoro e parar. Ao estacionar no ponto, uma gravação automática informa o número da linha repetidas vezes, até que o usuário embarque.

Esperamos que esse exemplo maravilhoso seja reproduzido em todos os municípios para que as pessoas com deficiência visual e idosas passem a utilizar o transporte público com autonomia e muito mais segurança.

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