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domingo, 31 de outubro de 2010

BAIXA VISÃO

O que tenho vivênciado em relação a baixa visão como profissional em orientação e mobilidade é muito rico, a distancia do é que algumas vezes estabelecido entre o diagnóstico e prognóstico da atuação das pessoas com perdas visuais, o quanto a funcionalidade da visão não é levado em consideração, e como ela auxilia quando se trata da locomoção das pessoas com baixa e visão e cegas. A funcionalidade da visão é medida por percentagens mas deve ser apenas por isto e sim na verificação do quanto estes individuos utilizam o residuo que possuem.
A presença de alterações nas estruturas ou funções da visão coloca limitações à realização de atividades que envolvem este sentido. Todavia, o funcionamento visual não depende apenas das condições do respectivo sistema, decorrendo também de um processo interactivo com factores contextuais, passíveis de serem manipulados com vista a minimizar barreiras à actividade e à participação.A definição da chamada visão subnormal ou baixa visão ainda é controvertida em certos meios oftalmológicos.

Para a OMS (Organização Mundial da Saúde), o pessoa com baixa visão tem acuidade visual inferior a 6/18 (0,3) no melhor olho, com a melhor correção possível, mas igual a melhor do que 3/60 (0,05) e a cegueira como qualquer valor de acuidade visual abaixo de 0,05 no melhor olho – para efeito de estudos epidemiológicos.

Ainda de acordo com a OMS, a prevalência da cegueira infantil seria de 0,8% da população, enquanto que a baixa visão poderia atingir entre 2%.

A noção de baixa visão surgiu logo depois da segunda guerra mundial, quando houve a necessidade de tratar inúmeros feridos que haviam perdido quase que totalmente a visão. E o "x" da questão estava justamente neste "quase", o que levou ao desenvolvimento de técnicas de tratamento e adaptação diferentes daquelas utilizadas para as pessoas cegas.

Em 1960 começou-se a falar em visão subnormal nos meios oftalmológicos brasileiros. Nos últimos 20 anos a especialidade vem ganhando espaço no Brasil, culminando com a criação, em 1995, da Sociedade Brasileira de Visão Subnormal e da Associação Panamericana de Baixa Visão.

O fator econômico está fortemente relacionado à etiologia da perda visual 15. Nos países em desenvolvimento, em especial os africanos e asiáticos, os agentes infecciosos são os principais causadores de doenças oculares.

A retinopatia da prematuridade está entre as primeiras causas de cegueira infantil, tanto em países desenvolvidos quanto em países em desenvolvimento. Naqueles, a melhor assistência neonatal permite a sobrevida de muitos recém-nascidos com baixo peso e prematuros, que formam o principal grupo de risco para a ocorrência da doença e suas complicações, apesar do acompanhamento periódico e intervenção imediata quando necessária. Nas duas cidades estudadas, e em outras cidades de países em desenvolvimento, a dificuldade para adequada assistência pré-natal, acompanhamentos periódicos e tratamento explicam a elevada ocorrência.

TIPOS DE BAIXA VISÃO

A acuidade visual das pessoas com baixa visão é muito variável; mas, em geral, baixa visão é definida como uma condição na qual a visão da pessoa não pode ser totalmente corrigida por óculos, interferindo com as atividades diárias, assim como a leitura e a condução. Baixa visão é mais comum entre os idosos, mas pode ocorrer em pessoas de qualquer idade, como resultado de condições tais como degeneração macular, glaucoma, retinopatia diabética, ou catarata. Cada uma destas condições causas diferentes tipos de efeitos na visão da pessoa, no entanto, aqui estão algumas generalizações

DEGENERAÇÃO MACULAR

A mácula é perto do centro da retina, que é a área na parte posterior do olho. O processo de envelhecimento e o desbaste dos tecidos da mácula causa a forma mais comum de degeneração macular, a degeneração macular "seca". O resultado é uma perda gradual da visão. A degeneração macular "seca" ocorre quando os vasos sanguíneos anormais na parte posterior do olho começa a vazar sangue e fluidos com o característico borrão na parte central da visão, muitas vezes resultando em rápida perda de visão. Em ambos os casos, a região central da visão é a mais afetada, o que torna difícil ver objetos que a pessoa esteja olhando diretamente. As imagens abaixo são uma simulação do efeito de degeneração macular. O texto pode aparecer quebrados e pouco clareza.


Para uma melhor idéia do que é a degeneração macular, mantenha-se a sua mão cerca de 12 polegadas (cerca de 30 cm) de seus olhos, para que você não possa ver em ângulo reto e logo a sua frente, mas você pode ver as bordas em torno de sua mão. Agora, sem olhar para os lados, tente ler alguma coisa em sua visão periférica. Lembre-se de manter olhando direto para a sua mão! Este exercício mostra quão difícil pode ser para as pessoas com degeneração macular avançada. O problema não é tão acentuada para as pessoas com menor grau de degeneração macular, mas a idéia básica é a mesma.

GLAUCOMA

Glaucoma é causado por um aumento da pressão dentro do olho, o que provoca danos no nervo óptico. O resultado final é muitas vezes o oposto do efeito de degeneração macular: a perda da visão periférica e uma área central de visão borrada. Ele pode ser particularmente difícil para ler textos porque parece desbotada, bem como borrada. Algumas pessoas têm comparação dos efeitos do glaucoma a olhar para tudo através de um vidro embaçado.














RETINOPATIA DIABÉTICA

Um dos efeitos a longo prazo da diabetes pode ser a fuga dos vasos sanguíneos da retina, causando manchas escuras no campo de visão onde ocorrem os vazamentos. O texto pode aparecer borradas ou distorcidas nessas regiões.












CATARATA

Indivíduos com catarata têm áreas de opacidade na lente de seus olhos o que resulta em um efeito turva ou vago, especialmente na luz brilhante. O texto pode aparecer desbotado em segundo plano. Alto contraste é especialmente importante para as pessoas com catarata avançada.






O Brasil, com suas dimensões continentais e diferenças econômicas e culturais nos diversos estados, exige avaliação ampla sobre o tema para o estabelecimento de programas de prevenção das causas de comprometimento visual infantil. A OMS devem se utilizar de protocolo como forma de padronizar os conceitos e avaliações, pois, além da necessidade individual e comunitária, devido a sua obrigação ética a prevenção.

Farias N; Buchalla . A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde da Organização Mundial da Saúde: Conceitos, Usos e Perspectivas.Rev. Bras. Epidemiol. 2005; 8(2):187-93.
Nakanami CR. O que é considerado baixa visão e cegueira do ponto de vista oftalmológico, educacional e legal. In Kara-Jose N; Rodrigues MLV. Saúde Ocular e Prevenção da Cegueira. Rio de Janeiro, Cultura Médica; 2009: 18-23.



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