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domingo, 13 de março de 2011

DEFICIÊNCIA VISUAL

 O termo deficiência visual refere-se a uma situação irreversível de diminuição da resposta visual, em virtude de causas congênitas ou hereditárias, mesmo após tratamento clínico e/ou cirúrgico e uso de óculos convencionais. A diminuição da resposta visual pode ser leve, moderada, severa, profunda (que compõem o grupo de visão subnormal ou baixa visão) e ausência total da resposta visual (cegueira). A definição de deficiência visual é quantitativa. É considerada cegueira a acuidade visual de 6/60 ou menos no melhor olho com correção apropriada, e uma restrição do campo visual menor que 20 graus, caracterizando a “visão de túnel” (6/60 significa que a pessoa precisa de uma distância de seis metros para ler o que normalmente se leria a sessenta metros). Segundo a OMS (Bangkok, 1992), o indivíduo com baixa visão ou visão subnormal é aquele que apresenta diminuição das suas respostas visuais, mesmo após tratamento e/ou correção óptica convencional, Uma pessoa com baixa visão é aquela que possui seu funcionamento visual comprometido, mesmo após tratamento e/ou correção de erros refracionais comuns. Ela tem acuidade visual inferior a 10 graus de seu ponto de fixação (20/200 a 20/70 pés no melhor olho após correção máxima) mas, apesar disso, utiliza ou é possivelmente capaz de utilizar a visão para o planejamento e a execução de uma tarefa. 

CLASSIFICAÇÃO

Há vários tipos de classificação. De acordo com a intensidade da deficiência, temos a deficiência visual leve, moderada, profunda, severa e perda total da visão. De acordo com comprometimento de campo visual, temos o comprometimento central, periférico e sem alteração. De acordo com a idade de início, a deficiência pode ser congênita ou adquirida. Se está associada a outro tipo, como surdez, por exemplo, a deficiência pode ser múltipla ou não.

DADOS ESTATÍSTICOS

Segundo a OMS-Organização Mundial de Saúde, cerca de 1% da população mundial apresenta algum grau de deficiência visual. Mais de 90% encontram-se nos países em desenvolvimento. Nos países desenvolvidos, a população com deficiência visual é composta por cerca de 5% de crianças, enquanto os idosos são 75% desse contingente. Dados oficiais de cada país não estão disponíveis.

CAUSAS

De maneira genérica, podemos considerar que nos países em desenvolvimento as principais causas são infecciosas, nutricionais, traumáticas e causadas por doenças como as cataratas. Nos países desenvolvidos são mais importantes as causas genéticas e degenerativas. As causas podem ser divididas também em: congênitas ou adquiridas.

Causas congênitas: amaurose congênita de Leber, malformações oculares, glaucoma congênito, catarata congênita.
Causas adquiridas: traumas oculares, catarata, degeneração senil de mácula, glaucoma, alterações retinianas relacionadas à hipertensão arterial ou diabetes.

FATORES DE RISCO
  • Histórico familiar de deficiência visual por doenças de caráter hereditário: por exemplo glaucoma.
  • Histórico pessoal de diabetes, hipertensão arterial e outras doenças sistêmicas que podem levar a comprometimento visual, por exemplo: esclerose múltipla.
  • Senilidade, por exemplo: catarata, degeneração senil de mácula.
  • Não realização de cuidados pré-natais e prematuridade.
  • Não utilização de óculos de proteção durante a realização de determinadas tarefas (por exemplo durante o uso de solda elétrica).
  • Não imunização contra rubéola da população feminina em idade reprodutiva, o que pode levar a uma maior chance de rubéola congênita e conseqüente acometimento visual.
IDENTIFICAÇÃO

Alguns sinais característicos da presença da deficiência visual na criança são desvio de um dos olhos, não seguimento visual de objetos, não reconhecimento visual de familiares, baixa aproveitamento escolar, atraso de desenvolvimento. No adulto, pode ser o borramento súbito ou paulatino da visão. Em ambos os casos, são vermelhidão, mancha branca nos olhos, dor, lacrimejamento, flashes, retração do campo de visão que pode provocar esbarrões e tropeços em móveis. Irritações crônicas nos olhos, indicadas por olhos lacrimejantes, pálpebras avermelhadas, inchadas ou remelosas, náuseas, dupla visão ou névoas durante ou após a leitura. esfregar os olhos, franzir ou contrair o rosto quando se olham objetos distantes, excessiva cautela no andar, correr raramente e tropeçar sem razão aparente, desatenção anormal durante realização de trabalhos escolares, queixas de enevoamento visual e tentativas de afastar com as mãos os impedimentos visuais, inquietação ou nervosismo excessivo depois de um prolongado e atento trabalho visual, pestanejar excessivamente, sobretudo durante a leitura., segurar habitualmente o livro muito perto, muito distante ou em outra posição enquanto se lê, inclinar a cabeça para um lado durante a leitura, capacidade de leitura por apenas um período curto de cada vez, fechar ou tampar um olho durante a leitura.
Em todos os casos, deve ser realizada avaliação oftalmológica para diagnóstico do processo e possíveis tratamentos, em caráter de urgência.

 DIAGNÓSTICO

Obtido através do exame realizado pelo oftalmologista que pode lançar mão de exames subsidiários. Nos casos em que a deficiência visual está caracterizada, deve ser realizada avaliação por oftatmologista especializado em baixa visão, que fará a indicação de auxílios ópticos especiais e orientará a sua adaptação.
Um projeto que vem sendo desenvolvido pelo instituto de pesquisas científicas israelense Nano Retina pode ser uma nova esperança para pessoas com deficiências visuais. Trata-se de um dispositivo, que vem sendo chamado de Bio-Retina, que fará com que à pessoas que sofrem de degeneração na retina, uma das principais causas da cegueira, voltem a enxergar devido a tecnologia baseada na capacidade do cérebro de interpretar dados visuais. Uma vez que implantado, em um processo que não deve durar mais do que meia hora, o aparelho proporcionará, inicialmente, visão em preto e branco, mas a expectativa é que ele seja desenvolvido para cores.Os testes em pacientes devem começar em 2013, nos Estados Unidos. Os pesquisadores israelenses esperam que dentro de cinco ano o mesmo já esteja no mercado.

As forma de prevenção:

* Aconselhamento genético: casais com alta probabilidade de terem filhos com deficiência devem ter consciência do fato.
* Exame pré-natal: acompanhamento da gestação diminui o risco de má formação do bebê.
* Vacina contra rubéola: mulheres que não contraíram rubéola devem ser vacinadas pelo menos três meses antes de engravidar.
* Condições de parto: ambiente com recursos de reanimação e berçário.
* Vacinação da criança.
* Prevenção de acidentes


http://www.afb.org/


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