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domingo, 13 de março de 2011

PREVENÇÃO DA DEFICIÊNCIA VISUAL

Será usado o nascimento como ponto de referência. Assim teremos as causas PRÉ-NATAIS (as que incidem antes do nascimento), As PERINATAIS ( que incidem a partir do momento do parto até as primeiras horas de vida) e as causas PÓS-NATAIS (depois do nascimento).

AS CAUSAS PRÉ-NATAIS

São genéticas, ocorrem por alterações de genes ou cromossomos, de forma acidental ou hereditáriamente transmitidas. Podem ser algumas delas: Síndrome de mau formações múltiplas, infecciosas: como rubéola, toxoplasmose, sífilis, citamegalovirose. Problemas na gestação: doenças como (diabetes e pressão alta), glaucoma, catarata.
Causas PERI-NATAIS: ocorridas a partir do momento do parto, como a prematuridade (quando o bebê nasce antes da data esperada); Fototerapia, indicada nos casos graves de icterícia, pode ser também responsável por deficiência visual grave.
CAUSAS PÓS-NATAIS:

Desnutrição infantil: privação sócio econômica cultural, isto é, além de falta de alimentação adequada, falta de estimulação necessária ao seu desenvolvimento. Infecções do sistema nervoso central e periférico: Meningites, encefalites, septicemias (infeções generalizadas), poliomielite. Traumatismo craniano e ocular: por quedas, acidentes de transito, espancamentos, entre outros. Tumores no cérebro, no ouvido interno ou no globo ocular.
Exija que sejam feitos testes preventivos em seu bebê, como o APGAR por exemplo. Tenha cuidados adequados, proporcionando amparo afetivo e ambiente propício para seu desenvolvimento.

Teste de Apgar

Esse teste, desenvolvido pela Dra. Virginia Apgar, uma anestesiologista que o desenvolveu em 1952, pode predizer melhor a sobrevivência de um bebê do que o novo teste de alta tecnologia feito no sangue do cordão umbilical.

O Apgar se baseia em observações feitas no primeiro minuto de vida e é repetido aos 5 minutos. É preciso olhar a freqüência cardíaca, esforço respiratório, tônus muscular, reação motora e cor, que indica a quantidade de oxigênio que atinge a pele. Cada um recebe uma nota que varia de 0 a 2. Um total de 7 ou mais indica uma condição excelente. Um total de 3 ou menos indica problemas graves e alto risco de óbito.

Que exames médicos ajudam a detectar a ocorrência de deficiências?

No Estado de São Paulo, existem leis que tornam obrigatória a realização de exames para detectar a fenilcetonúria e o hipotireoidismo congênito, a credetização (limpeza dos olhos ao nascimento) e a vacinação (contra meningite, poliomielite e sarampo.
Em todo o Brasil, deve ser exijido do hospital o exame do pézinho,  teste da orelhinha, teste do olhinho e o  teste do apgar.
O vírus da rubéola é outro dos responsáveis pelo surgimento de deficiências visuais e auditivas durante a formação dos bebês no útero materno.
 Outros exames laboratoriais necessários para a mãe são os de urina e fezes, o da toxoplasmose e o da sífilis. da mulher entre 15 e 29 anos vacine-se.

Antes de engravidar:

Vacine-se contra a rubéola. Na gravidez ela afeta o bebê em formação, causando malformações, como cegueira, deficiência auditiva, etc). Procure um serviço de aconselhamento genético(principalmente quando houver casos de deficiência ou casamentos consangüíneos na família). Faça exames para detectar doenças e verificar seu tipo sangüíneo e a presença do fator RH.

Durante a gravidez:

Consulte um médico obstetra mensalmente; Faça exames de controleSó tome os remédios que o médico lhe receitar; Faça controle de pressão alta, diabetes e infecções; Faça uma alimentação saudável e balanceada; Não se exponha ao raio X ou outros tipos de radiação; Evite o cigarro e as bebidas alcoólicas e  evite contato com pessoas que tenham doenças infecciosas.

Os cinco sentidos
1- TÁTIL - CINESTÉSICO

Na ausência da visão, as informações mais completas e confiáveis são obtidas através do sentido tátil - cinestésico. O tato associado a cinestesia, as sensações térmicas e a percepção básica permite a criança com deficiência visual o reconhecimento, a localização e a discriminação do seu corpo e dos objetos que a cercam, estabelecendo assim, uma efetiva interação com o seu meio.

2- AUDIÇÃO

Os estímulos sonoros são uma das principais fontes de contato com o ambiente; por isto a estimulação auditiva deverá ser realizada associando-se o som ao seu respectivo significado, a fim de evitar respostas repetitivas e automatizadas, tão prejudiciais á utilização da informação auditiva como meio de aprendizagem. A audição é um sentido de extrema importância para a pessoa cega porque através da localização e discriminação dos sons ela seleciona pistas e pontos de referência que irão facilitar a sua orientação e mobilidade.

3- OLFATO

Desde cedo, a criança com deficiência visual deverá ser orientada a desenvolver e utilizar ao máximo o sentido do olfato. A identificação, discriminação e localização de odores variados (alimentos, remédios, flores e outros) permite a pessoa com deficiência visual maior domínio do ambiente, facilitando o reconhecimento de farmácias, restaurantes, etc., bem como prevenindo situações de risco – cheiro de gasolina, gás, fumaça, dentre outros.

4- PALADAR

O paladar é também um sentido importante para o desenvolvimento global da criança cega. A percepção gustativa lhe permite reconhecer, discriminar e selecionar alimentos com os principais sabores: doce, amargo, salgado, ácido e outros.

5- VISÃO RESIDUAL
Havendo indícios de que a criança possui alguma baixa visão, deverá ser encaminhada imediatamente a um programa de estimulação visual, de forma integrada as demais funções: SENSÓRIO-MOTORAS, COGNITIVAS, PSICO-AFETIVAS E SOCIAIS. Assim, a criança será motivada a usar o resíduo visual que possui com eficiência nas atividades lúdicas, de vida diária e na locomoção, garantindo futuramente a sua autonomia, independência e adequação social.
Uma criança quando nasce cega, dependerá da audição e do tato para adquirir conhecimentos e formar imagens mentais. Porém, se a criança ficou cega após os cinco anos, terá retido imagens visuais e será capaz de relacioná-las com imagens auditivas e táteis com mais facilidade. Como principais limitações da cegueira, podemos citar a privação de importantes pistas sociais (gestos, movimentos e expressões fisionômicas de outras pessoas), restrição da mobilidade independente em ambientes não familiares, impedimento de acesso direto à palavra escrita (sem a visão poderá passar a usar o Braille ou o Sorobã, que são mais demorados), dentre outras.
Além das limitações impostas pela presença da cegueira ou visão subnormal, várias conseqüências incidirão sobre o desenvolvimento da criança. No desenvolvimento motor, onde a visão funciona como "auto-estimulo" para o bebê, poderá acarretar atraso na mobilidade auto-iniciada (levantar o tronco quando está de bruços, sentar-se sozinha,...); atraso na iniciativa para alcançar objetos; atraso no movimento de preensão (seguras as mãos, pegar objetos,...); atraso na coordenação das mãos; surgimento de maneirismos (regressão aos padrões motores primitivos, com movimentos não direcionados, característicos até os três meses como movimentos reflexos). 
O bebê cego nos primeiros meses de vida quase não se movimenta, por isso deverá ter uma estimulação precoce utilizando objetos com pistas sonoras (sons agradáveis) e seus pais deverão ser orientados para colocar o bebê em diferentes posições para que possa viver a experimentação das várias posições corporais e desenvolver sua movimentação.
No desenvolvimento cognitivo poderá apresentar atraso da noção de permanência de um objeto, dificultando a capacidade de reconhecer a realidade externa como diferente da sua; utilização da coordenação áudio-manual (busca de um objeto quando estimulado por um som) com maior freqüência do que a visual-manual, que estará comprometida, levando a uma menor manipulação e experimentação dos objetos; demora na compreensão de dimensões de objetos e na aquisição de noção de causalidade (causa e efeito) e dificuldade no aprendizado através da manipulação e jogos de construção (blocos), nestes casos podendo ser utilizada a argila como alternativa.

O desenvolvimento da linguagem também é afetado com a criança utilizando um número menor de palavras funcionais relacionadas ao seu ambiente (ali, lá, acima,...) e pode surgir o verbalismo, quando a criança vivência a experiência do outro pelo uso das palavras ou expressões sem corresponder com situações que tenha vivenciado.
O importante é criar o ambiente propício para a criança com deficiência visual conseguir alcançar um desenvolvimento compatível com o estágio de vida que se encontrar até que possa ter a capacidade de se tornar independente e ativa socialmente. Para tanto é extremamente importante que pais, cuidadores e profissionais de saúde formem uma "equipe humana" onde cada um terá seu papel na estimulação precoce da criança, inserindo-a verdadeiramente no contexto social. Neste sentido, a equipe de saúde (pediatria, fisioterapia, psicologia, fonoaudiologia,...) deverá ser transdiciplinar e não sendo possível, pelo menos multidisciplinar, para que o
tratamento seja o mais eficiente e o menos traumático possível, dando a criança toda a confiança e tranqüilidade para seu desenvolvimento.
A criança demonstra de várias maneiras se possui alguma deficiência visual pela forma como lida com os brinquedos Os pais podem ter nos brinquedos grandes aliados na detecção de problemas na visão. A criança demonstra de várias maneiras se possui alguma deficiência visual pela forma como lida com os brinquedos. O jeito com que abotoa a roupa, o movimento que faz para encaixar peças ou mesmo pegar objetos são termómetros para identificar possíveis problemas visuais. O movimento dos olhos ao acompanhar os brinquedos, por exemplo, é um sinal de como está a visão dos bebês.
A posição dos olhos deve ser simétrica em todas as direções. Caso contrário, a criança pode ter estrabismo. Outros detalhes que devem ser observados nos filhos são: se os pequenos levam o brinquedo muito próximo aos olhos; se estão a fazer uma ligação adequada da parte motora com a visual; se demoram a chutar uma bola; se tropeçam com frequência; se estendem apenas uma mão para apanhar objetos; se separa e combina cores corretamente; se não gosta de brincar de encaixar peças ou tem dificuldades em escolher a peça adequada e colocá-la na posição correta. Até mesmo o uso de lápis de cor pode ser um indicativo de como anda a visão. Note se a criança usa todas as cores, quais ela prefere (se claras ou escuras) e veja se o lápis sai muito do local do desenho.  Com esta simples observação, é possível visualizar se ela tem um bom controlo de amplitude e se possui uma visão de cores apurada.  Crianças com problemas de visão piscam e fazem caretas mais frequentemente, fecham ou apertam um olho para focar melhor, confundem palavras semelhantes, escrevem de modo sobreposto ou fora da linha, compreendem cada vez menos na medida em que a leitura progride, perdem interesse rápido no que estão a ler, queixam-se de dores de cabeça, sonham acordados ao invés de prestar atenção ao quadro e não conseguem concluir o jogo dos sete erros entre dois desenhos semelhantes. 

http://www.terravista
http://www.drmundi.com.br/artigo.

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