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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

ÁRVORES NA CALÇADA como tornar acessível...













Para plantar uma árvore corretamente, existem fatores que devem ser levados em consideração. Um deles é a escolha da espécie adequada ao local onde se deseja que ela habite. Se for em calçadas de ruas e avenidas de áreas muito urbanizadas, começam os problemas. Porque sem saber, você pode colocar uma árvore cujas raízes sejam "superficiais" e quando ela estiver adulta, começa a quebrar calçadas estreitas e sem abertura em volta do tronco das mesmas, podendo causar algum transtorno ao passeio público. Outro problema é plantar espécies que estão sujeitas a pragas e até doenças cujas origens em alguns casos ainda são desconhecidas, como uma doença que afeta as árvores chamadas popularmente de Brasileirinho.

Mostramos nestas fotos a colocação inadequada de árvores em calçadas que incomodam o passeio publico não apenas de pessoas com deficiência mas de quaisquer pessoas árvores no centro de calçadas, com copas que tomam conta de todo espaço que deveria ser utilizado pelos pedestres enfim inúmeras situações que realmente atrapalham.

Existem várias espécies de plantas que apresentam princípios ativos com ação tóxica em alguma de suas partes. As maiores vítimas de tais plantas são as crianças, menores de cinco anos, e os deficientes que na maioria das vezes encontram as plantas em casa e as colocam na boca. O perigo da intoxicação é bem grande e pode ser classificada em aguda, crônica e fulminante. Cerca de 2.000 pessoas sofrem de intoxicação provocada por alguma planta. É importante manter plantas como: mamona, comigo-ninguém-pode, saia-branca, coroa-de-cristo, pinhão-branco, buchinha, charuto-do-rei, aroeira, alamanda, azedinha e outras, que também são tóxicas, longe do alcance de crianças e deficientes intelectuais, buscar informações sobre cada uma e tomar cuidado para não permitir que o látex liberado por elas toque a pele. Caso ocorra intoxicação é necessário procurar imediatamente um médico, guardar a planta e não tomar líquidos. Muitas dessas plantas são cultivadas em casa, na vizinhança, em praças públicas, ao alcance das crianças. Por isso, a identificação é tão importante. O Sinitox (Sistema Nacional de Informações Toxico Farmacológicas) enumerou as 16 espécies mais comuns no Brasil: tinhorão, comigo-ninguém-pode, taioba-brava, copo-de-leite, saia-branca, aroeira, bico-de-papagaio, coroa-de-cristo, avelós, urtiga, espirradeira, chapéu-de-napoleão, cinamomo, mandioca-brava, mamona e pinhão-roxo. Você já ouviu falar na planta Coroa de Cristo? Uma planta decorativa, mas com um "leite" altamente tóxico. Contêm compostos que são irritantes para a pele e para as mucosas.

O látex destas plantas é um fluído leitoso que contém um aglomerado de materiais de baixa densidade, comuns aos látices, e várias enzimas (conhecidas como forbaínas), bem como terpenos, alcalóides, vitaminas, carboidratos, lipídeos e aminoácidos livres Não está esclarecido o princípio responsável pela ação cáustica do gênero, no entanto, alguns autores relatam a presença de ésteres de forbol em todas as espécies.


A exposição aguda da pele ao látex causa uma condição inflamatória direta sobre a epiderme, que é caracterizada por vermelhidão, inchaço, dor e necrose dos tecidos. Quando partes da planta são ingeridas, desenvolve-se uma sensação de queimação nos lábios, na língua e na mucosa bucal. Subseqüentemente surgem dores intestinais, vômitos e diarréia. O contato com os olhos pode levar ao desenvolvimento de conjuntivites, queratites e uveites, juntamente com inchaço das pálpebras e fechamento dos olhos devido ao edema. Todos os sintomas ocorrem imediatamente e podem durar várias horas ou dias após a exposição relatam que os pacientes que tiveram seus olhos acidentalmente instilados com o látex não apresentaram injúrias oculares significantes, quando tratados imediatamente. Entretanto, pacientes que demoraram em procurar ajuda médica apresentaram complicações como úlcera corneal, perfuração da córnea e conseqüente cegueira.

Em todas as ocorrências o tratamento foi sintomático. No caso do contato com a pele, quando medidas de higiene (como lavagem prolongada do local) forem tomadas a tempo, não ocorre o desenvolvimento de lesões sérias. Em caso de formação de vesículas ou pústulas, devem ser tomadas medidas de precauções contra o aparecimento de infecções secundárias. Se o contato for com os olhos, após lavagem prolongada com grande quantidade de água corrente, é recomendado o uso de colírios anti-sépticos. Em lesões mais graves, é aconselhado o uso de corticóides e anti-histamínicos. Nos casos de ingestão, a lavagem gástrica é desnecessária, sendo recomendada somente se a quantidade de planta ingerida for considerável. A administração de carvão ativado, de laxantes, de analgésicos e de demulcentes, como leite e óleo de oliva, é recomendada.



É preciso tomar cuidado com plantio de árvores, ao quebrar a calçada e não danificar os encanamentos da rua. E, no futuro, a árvore não poderá crescer a ponto de interferir nas fiações elétricas. As árvores mais indicadas são as de pequeno porte, que sobrevivem num ambiente adverso e tem boa adaptação a diversos climas. É bom que a espécie escolhida não tenha folhas pequenas nem muito lisas e flores sumosas, para evitar que os pedestres escorreguem. As árvores também não devem apresentar princípios tóxicos, espinhos ou raízes superficiais que danifiquem calçadas, construções ou tubulações subterrâneas. É preciso evitar árvores que necessitam de poda constante, tenham caule mole ou sejam suscetíveis ao ataque de cupins e brocas. Algumas árvores boas para o plantio são o ipê-amarelo, a quaresmeira, o manacá-da-serra, a bauhínia e o resedá. Por outro lado, deve-se evitar o eucalipto, o ficus, o flamboyant, a paineira e a seringueira.
Nada contra o conceito de calçadas vivas; elas podem ser compreendidos de seis maneiras: calçadas verdes, acessíveis, ecológicas, inteligentes, mobiliadas e saudáveis. Calçada adequada é aquela onde todas as pessoas possam circular por ela sem correr risco de vida, risco de quedas, em nome da melhor estética e aparência muitas vezes deixamos de enxergar o obvio acessibilidade direito de todos. Infelizmente o planejamento das calçadas e a arborização das ruas é frequentemente relegado à categoria de “palpite”, e cada um vai plantando o que quer e o que gosta, sem saber dos riscos que as eventuais escolhas erradas podem trazer, tanto para as vias públicas quanto para as próprias residências. Se o assunto é plantar árvores em calçadas, é importante que se saiba que não é adequando plantar qualquer espécie, em qualquer lugar. É preciso levar em consideração um grande número de fatores, sendo que o primeiro deles diz respeito às proporções do local, com relação à expectativa de crescimento da árvore a ser plantada.

Árvores de grande porte exigem muito espaço, e precisam ser plantadas de acordo com uma expectativa de crescimento de pelo menos 15 a 20 anos. Algumas espécies exigem espaço amplo também sob a terra, para crescimento das raízes, com o risco de afetarem muros, calçamentos, paredes da casa e a própria área de circulação da rua, se seu plantio não for devidamente planejado.



Além do aspecto estético, que é o que geralmente nos mobiliza prioritariamente na hora de escolher as árvores de nossas calçadas, é aconselhável conhecer as características da planta, com relação ao crescimento das raízes, troncos e copas, a produção de resíduos – há espécies que sujam muito as ruas, pela queda constante das folhas – e até pelas exigências de podas, porque muitas dependem de cuidados e manutenção constante, para que cresçam de acordo com o que se espera delas. A escolha da árvore na calçada vai afetar, por exemplo, a rede elétrica, motivo pelo qual não se deve plantar árvores muito copadas e altas nas calçadas, do lado da rua em que existem postes e fios. A altura e densidade das copas também afetam a circulação de veículos, e dependendo da largura da rua, podem dificultar ou impedir o trânsito de caminhões, inclusive os de serviços públicos, que podem ser indispensáveis ao atendimento da comunidade em torno.



Outros cuidados dizem respeito às necessidades das próprias espécies, como o clima, a quantidade de sol e de umidade, e o tipo de solo, que são fatores que precisam ser respeitados, se o que se quer é uma planta plena e saudável. As trepadeiras, por exemplo, precisam de algum local para se apoiar, com o risco de crescerem demais e despencarem. Já as amendoeiras, tão comuns nas ruas de tantas cidades pelo país afora, precisam de poda dos galhos superiores e inferiores, para tomarem o formato copado que as fazem tão bonitas. Várias outras espécies exigem a correção das copas, para que se lhes possam dar os formatos mais indicados, não apenas no aspecto do paisagismo, também para manter a saúde e funcionalidade.

As prefeituras deveriam elaborar um mapa com a localização de cada árvore, para criar um guia, com orientações sobre o tipo que deve ser plantado em cada bairro. O cadastramento da cobertura arbórea vai identificar a espécie ideal, obedecendo às características do lugar.

Qualquer plantio em via pública implica em responsabilidade civil, embora essa raramente seja cobrada e fiscalizada. Os cuidados necessários ficam, portanto, mercê da consciência de cada um. Mas nunca é demais que sejamos conscienciosos e tomemos os cuidados necessários, porque aquilo que é publico também pode nos afetar. Usar algumas horas para estudar e mergulhar no mundo das plantas, descobrindo as espécies adequadas às nossas necessidades, também pode se transformar num grande prazer além da consciência que devemos ter no cumprimento da nossa parte em todo este contexto.


www.fiocruz.br/sinitox/agrotoxicos/agrotoxicos.htm -
butantasp.acharei.com.br/.../mzt_arquitetura_paizagismo_e_construcao_ltda.ht























sábado, 11 de dezembro de 2010

ELIMINAÇÃO DE BARREIRAS, por calçadas acessíveis














As calçadas são os ambientes mais democráticos que existem, já que impulsionam as atividades econômicas. Por meio delas chegamos ao trabalho, ao comércio, aos clubes, aos shoppings. A grande questão é que esses espaços, conforme determinam as leis, são de responsabilidade do proprietário do imóvel e talvez por isso nos deparamos com as mais diferentes situações: pisos inadequados, degraus, raízes de árvores, enfim, passeios deteriorados situações graves, calçadas inacessíveis.

Estas fotos nos mostram em que condições estão as calçadas dos bairros em nossa cidade, ( buracos, obstáculos impedindo a passagem, degrais que as tornam impossíveis de serem utilizadas, enfim..) dificultando a passagem não só de pessoas com deficiência, mas de qualquer cidadão que dela necessite.

O artigo 5º da Constituição Federal estabelece o que se convencionou a chamar de direito de ir e vir de todos os cidadãos brasileiros. Ou seja, qualquer pessoa, livre ou não de deficiência ou mobilidade reduzida, deve ter o direito de poder chegar facilmente a qualquer lugar. A liberdade a que me refiro neste caso, é aquela que possibilitaria com que caminhássemos pelos passeios públicos sem nos deparar com desníveis, buracos, inexistência de ligação entre ruas e calçadas, rampas fora dos padrões, lixeiras, pontos de ônibus, bancas de jornais, bueiros destampados, ambulantes e pisos escorregadios. Utopia ou não, o fato é que esses casos são ainda muito comuns nas mais diferentes cidades do Brasil.

Calçadas são locais comuns e que devem ser freqüentados por qualquer pessoa, mesmo aquelas sem condições ou com dificuldades de locomoção. Os passeios sem qualidade e os locais inacessíveis inibem a circulação dessas pessoas, levando-as ao isolamento, forçando-as a se concentrarem em espaços fechados e impedindo-as de sociabilizarem-se. São os ambientes mais democráticos que existem, já que impulsionam as atividades econômicas. Por meio delas chegamos ao trabalho, ao comércio, aos clubes, aos shoppings. A grande questão é que esses espaços, conforme determinam as leis, são de responsabilidade do proprietário do imóvel e talvez por isso nos deparamos com as mais diferentes situações: pisos inadequados, degraus, raízes de árvores, enfim, passeios deteriorados e, o mais grave, inacessíveis. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2000, apontam que mais de 14% dos brasileiros convivem com algum tipo de deficiência definitiva. Esse dado pode aumentar significativamente, se incluirmos aí os idosos, os obesos ou os deficientes temporários, como aqueles que estão com algum membro imobilizado, assim como os milhares que se acidentam diariamente no trânsito de nossas cidades. Um estudo do Hospital das Clínicas de São Paulo revelou que idosos e mulheres com sapato de salto alto são as duas vítimas mais comuns de acidades nas calçadas.

Os Ministérios Públicos e uma parcela significativa das prefeituras municipais têm feito cumprir as legislações que prevêem que prédios de uso público e coletivo possibilitem acesso a todas as pessoas. Mas, de que adianta ter, por exemplo, um banco com rampas e elevadores acessíveis, se as calçadas, que são a principal forma de acesso a esses locais e aos meios de transportes, são inacessíveis?
A calçada acessível deve atender aos critérios contidos na NBR 9050/2004, da Associação Brasileira de Normas Técnicas. Os Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA’s), instituições que fiscalizam o exercício ilegal dessas profissões, há vários anos têm executado ações fiscalizatórias em parceria com os Ministérios Públicos Estaduais.
Enquanto nos couber a obrigatoriedade de construir e reformar nossas calçadas ou enquanto os poderes públicos não colaborarem executando os passeios, assim como se faz com a pavimentação asfáltica, não cometeremos erros alegando ignorância, já que temos à mão mecanismos gratuitos para que respeitemos nosso semelhante. A questão merece realmente muita atenção. Falamos das cidades que deixaremos para as próximas gerações. As soluções já nos bateram à porta. A construção de ambientes acessíveis deve ser cadeira obrigatória nos cursos de engenharia e arquitetura. Os órgãos públicos devem fazer cumprir a legislação e, principalmente, os engenheiros e arquitetos são os responsáveis pelos ambientes construídos. Muito nos cabe e já é chegada a hora de se caminhar olhando para o horizonte e não para baixo, desviando dos obstáculos do caminho.

















 
Estas situações confirmam, que há um crescente desestímulo à locomoção, pois as calçadas de nossas cidades, não raras vezes dificultam - ou até mesmo impossibilitam - a mais elementar expressão comportamental, ou seja, o direito ao livre acesso. Diariamente, o pedestre é obrigado a enfrentar uma série de dificuldades, seja através de calçadas mal conservadas, inseguras, estreitas, ou, deparando-se muitas vezes, com a própria inexistência destas. De um modo geral as calçadas são segregadoras e classificatórias, parecem ter sido planejadas para um tipo idealizado de pedestre, que possua perfeitas condições sensoriais e motoras. São concebidas e mantidas de tal modo, que estabelecem fatores excludentes ao invés de favorecer a interação social, criando verdadeiras "barreiras urbanas sociais", principalmente em relação as pessoas com deficiências. Neste contexto, pessoas que possuem limitações físicas representam um segmento social muito mais abrangente que o estereótipo estabelecido pela sociedade. No entanto, os limites impostos à locomoção, também podem ser provenientes de motivos momentâneos, tais como: ao carregar uma sacola, ao empurrar um carrinho de compras, ao torcer o tornozelo num buraco, etc. Deste modo, numa visão mais ampla, calçadas devem proporcionar acesso e mobilidade a todos os pedestres, haja vista que a "qualidade" das calçadas afeta cada um de nós, independentemente das nossas condições físicas...
Nos países desenvolvidos a legislação de trânsito prioriza o pedestre facilitando sua travessia e forçando a redução da velocidade dos carros. No Brasil ocorre o contrário. O privilégio concedido aos automóveis chega a criar barreiras intransponíveis para quem está a pé. A codadania se conquista com o poder público e sociedade cada um fazendo seu papel. Precisamos mudar nossos conceitos, o passeio livre é para todos e não apenas para as pessoas com deficiência.

A CPA ( Comissão Permanente de Acessibilidade é uma grande aliada para que mudanças em acessibilidades ocorram, aproximandamente 30% dos idosos sofrem de quedas e com fraturas sérias em nossas caçadas.

DEVERIAMOS REFLETIR MAIS SOBRE......

Art. 12. Em qualquer intervenção nas vias e logradouros públicos, o Poder Público e as empresas concessionárias responsáveis pela execução das obras e dos serviços garantirão o livre trânsito e a circulação de forma segura das pessoas em geral, especialmente das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, durante e após a sua execução, de acordo com o previsto em normas técnicas de acessibilidade da ABNT, na legislação específica e neste Decreto.


Art. 15. No planejamento e na urbanização das vias, praças, dos logradouros, parques e demais espaços de uso público, deverão ser cumpridas as exigências dispostas nas normas técnicas de acessibilidade da ABNT. § 1o Incluem-se na condição estabelecida no caput: I - a construção de calçadas para circulação de pedestres ou a adaptação de situações consolidadas; II - o rebaixamento de calçadas com rampa acessível ou elevação da via para travessia de pedestre em nível; e III - a instalação de piso tátil direcional e de alerta.

Art. 16. As características do desenho e a instalação do mobiliário urbano devem garantir a aproximação segura e o uso por pessoa portadora de deficiência visual, mental ou auditiva, a aproximação e o alcance visual e manual para as pessoas portadoras de deficiência física, em especial aquelas em cadeira de rodas, e a circulação livre de barreiras, atendendo às condições estabelecidas nas normas técnicas de acessibilidade da ABNT.

§ 1o Incluem-se nas condições estabelecida no caput: I - as marquises, os toldos, elementos de sinalização, luminosos e outros elementos que tenham sua projeção sobre a faixa de circulação de pedestres; II - as cabines telefônicas e os terminais de auto-atendimento de produtos e serviços; III - os telefones públicos sem cabine; IV - a instalação das aberturas, das botoeiras, dos comandos e outros sistemas de acionamento do mobiliário urbano; V - os demais elementos do mobiliário urbano; VI - o uso do solo urbano para posteamento; e VII - as espécies vegetais que tenham sua projeção sobre a faixa de circulação de pedestres. § 2o A concessionária do Serviço Telefônico Fixo Comutado - STFC, na modalidade Local, deverá assegurar que, no mínimo, dois por cento do total de Telefones de Uso Público - TUPs, sem cabine, com capacidade para originar e receber chamadas locais e de longa distância nacional, bem como, pelo menos, dois por cento do total de TUPs, com capacidade para originar e receber chamadas de longa distância, nacional e internacional, estejam adaptados para o uso de pessoas portadoras de deficiência auditiva e para usuários de cadeiras de rodas, ou conforme estabelecer os Planos Gerais de Metas de Universalização. § 3o As botoeiras e demais sistemas de acionamento dos terminais de auto- atendimento de produtos e serviços e outros equipamentos em que haja interação com o público devem estar localizados em altura que possibilite o manuseio por pessoas em cadeira de rodas e possuir mecanismos para utilização autônoma por pessoas portadoras de deficiência visual e auditiva, conforme padrões estabelecidos nas normas técnicas de acessibilidade da ABNT.
Art. 17. Os semáforos para pedestres instalados nas vias públicas deverão estar equipados com mecanismo que sirva de guia ou orientação para a travessia de pessoa portadora de deficiência visual ou com mobilidade reduzida em todos os locais onde a intensidade do fluxo de veículos, de pessoas ou a periculosidade na via assim determinarem, bem como mediante solicitação dos interessados.












terça-feira, 30 de novembro de 2010

TESTE DO OLHINHO... agora é só fazer




Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% de todos os casos de cegueira no mundo poderiam ter sido evitados ou tratados. No Brasil, estima-se que cerca de 30% da deficiência visual esteja entre crianças. Números que só confirmam o quanto a prevenção das doenças oculares é, não só importante para a qualidade de vida da população, como também essencial para promover a saúde pública. E por conta deste diagnóstico, o Teste do Olhinho já é lei em muitas cidades e Estados brasileiros.

São Paulo

A Lei 12.551/2007 sancionada pelo governador José Serra (PSDB), garante a realização do Teste do Olhinho e está em vigor no Estado de São Paulo desde 5 de março de 2007. A Amusp, envolvida com a prevenção da deficiência visual, articulou, com o apoio da Federação das Unimeds do Estado de São Paulo (Fesp), o projeto de lei que previa a obrigatoriedade do exame e apresentou a proposta para o então deputado estadual e coordenador da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop-SP) Arnaldo Jardim (PPS). O deputado elaborou a partir daí um substitutivo do projeto de lei nº 595, de 2002, de autoria do deputado Vitor Sapienza. No final de dezembro de 2006, a Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo o novo projeto e, logo, a Lei foi sancionada tornando o Teste do Olhinho obrigatório em todos os hospitais e maternidades paulistas.

Mato Grosso

Desde janeiro de 2008, o Estado do Mato Grosso tem à disposição a Lei nº 8.800/2008. A Lei torna obrigatória a realização do Teste do Olhinho e define que os casos alterados deverão ser encaminhados para cirurgia em no máximo 30 dias a partir da data do exame.

Mato Grosso do Sul

A Lei nº 2.897/2004 prevê a obrigatoriedade do Teste do Olhinho em todo o Estado do Mato Grosso do Sul. Sancionada em outubro daquele ano, a Lei estabelece ainda multas para as unidades hospitalares que não aplicarem o exame.

Minas Gerais

Sancionada em 2007 a Lei nº 17.078 aumentou a ação da Lei 16.672/2007, que já obrigava a aplicação do Teste do Olhinho nos hospitais e maternidades mineiros. A resolução dispõe ainda sobre a obrigatoriedade do Sistema Único de Saúde (SUS) em submeter crianças entre 7 e 10 anos a um exame oftalmológico completo.

Santa Catarina

Em vigor desde 2005, a Lei nº 13.345/2005 estabelece a obrigatoriedade da realização de exames de identificação de catarata congênita, nos recém-nascidos, em todo o Estado. Distrito Federal

Em 2008, foi sancionada a Lei n° 4.189/2008, tornando obrigatória a realização do Teste do Olhinho no Distrito Federal.

Em São Carlos a AMU (Associação Mulher UNIMED) desde 23 de fevereiro de 2007 juntamente com a Câmara Municipal, através de um Projeto Lei  sancionou a obrigatoriedade da realização em todas as crianças nascidas, o Teste do Olhinho.






domingo, 28 de novembro de 2010

A VISÃO E O DIABETES

Existem cerca de 12 milhões de indivíduos que são diabeticos no Brasil. Desses, metade ignora sua condição, ficando, assim, mais suscetível a uma série de problemas decorrentes da doença. Dia 14 de novembro comemorou-se o Dia Mundial do Diabetes. Nada mais oportuno para alertar a população para os riscos que os diabéticos correm de complicação na visão e até mesmo de cegueira, caso a doença não seja mantida sob controle.

A perda de visão é 25 vezes mais freqüente em quem tem diabetes. Dados da Sociedade Brasileira de Diabetes apontam que a falta de informação associada à ausência de sintomas pode causar cegueira em 40% dos diabéticos e mais da metade desses casos poderiam ser evitados se os pacientes realizassem regularmente os exames oftalmológicos e mantivessem as taxas de açúcar (glicemia) sob controle.

Dificuldade de foco, catarata, glaucoma e danos na retina são as principais complicações oftalmológicas provocadas pelo diabetes mal controlado. A retinopatia diabética, por exemplo, é responsável por 2% dos casos de cegueira no mundo inteiro. O que muita gente não sabe é que essa complicação pode ser prevenida.

Para compreender melhor a retinopatia diabética é preciso conhecer mais sobre sua origem. É, então, que existe a necessidade de saber o que é diabetes. Quando digerimos alimentos, principalmente os carboidratos, eles se transformam em açúcar – ou melhor, em moléculas de glicose – que vão parar no sangue. É ele quem vai abastecer todas as células do corpo. Mas tem de haver insulina. Vamos imaginar que a insulina é uma chave que abre a porta das células, deixando a glicose entrar. A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas. Entretanto, esse mecanismo pode falhar. Quando falta insulina, a glicose fica acumulada no sangue e, então, surge o diabetes. O aumento da concentração de açúcar no sangue, torna-o mais denso, causando muitas complicações, entre elas, os problemas circulatórios.

Essa circulação problemática afeta os vasos sangüíneos de todo o corpo e também os da retina, a camada de fibras nervosas situada no fundo do olho, que percebe a luz e ajuda a enviá-la até o cérebro. Os pequeninos vasos da retina são lesados. Isto leva, passado algum tempo, aos distúrbios de visão ou, como já dissemos, até à cegueira. A melhor proteção contra a retinopatia diabética é submeter-se a exames periódicos da visão efetuados pelo médico oftalmologista. É particularmente importante detectar a doença em um estágio precoce, pois, às vezes, a retinopatia pode estar presente sem nenhum sinal perceptível. Nesses exames, o oftalmologista irá examinar o interior do olho do diabético, usando um instrumento chamado oftalmoscópio. Essa rotina deve fazer parte da vida dos diabéticos pelo menos a cada seis meses.

Em muitos casos, não existe a necessidade de tratamento, apenas do acompanhamento periódico do oftalmologista, para registrar se a doença está avançando ou não. Caso o avanço seja constatado, existem tratamentos que podem deter a progressão das lesões e, assim, melhorar a qualidade da visão. Aplicações de laser na retina são indicadas para fortalecer os vasos, controlando ou evitando a ocorrência de vazamento de líquidos e sangue na retina. Quando já houve uma hemorragia significativa dentro do olho ou descolamento da retina, o tratamento com laser é insuficiente. Nesse caso, é necessária a realização de uma cirurgia chamada vitrectomia, que é a retirada da hemorragia intra-ocular e correção do descolamento da retina.

Os riscos de desenvolver retinopatia diabética aumentam quanto maior o tempo em que o indivíduo convive com o diabetes. Hoje, estudos apontam que 80% das pessoas que tenham sofrido de diabetes por pelo menos 15 anos apresentam algum tipo de lesão nos vasos sanguíneos da retina. É importante saber que um tratamento precoce consegue atrasar o progresso da retinopatia diabética e reduzir o risco de cegueira, no entanto não o exclui completamente. Por isso, é importante prevenir o diabetes, o grande causador de complicações na visão e de outras conseqüências negativas que vão da cabeça aos pés.


Confira alguns links interessantes de sites relacionados com a visão.


Instituto Penido Burnier

Banco de Olhos de Campinas

Paciente (Receptores) na fila de espera por córneas

RETINOPATHIA DIABÉTICA


O diabetes pode afetar crianças e adultos é uma doença que ocorre quando o pâncreas é incapaz de o processar corretamente. A insulina é o hormônio que regula o nível do açúcar (glicose) no sangue. A prevalência de Retinopatia Diabética (RD) em diabéticos insulino-dependentes (DID) é de 40% enquanto em diabético não insulino dependentes (DNID) é de 20%. A faixa etária mais acometida está entre 30-65 anos, sendo o sexo feminino afetado com maior freqüência.

Os diabéticos são mais propensos a desenvolver problemas oculares, tais como cataratas e glaucoma, mas as doenças que afetam a retina são a principal ameaça à visão. A maioria dos pacientes diabéticos desenvolve mudanças na retina após aproximadamente 20 anos. O efeito do diabetes na retina é chamado Retinopatia Diabética. Com o tempo, o diabetes afeta o sistema circulatório da retina. A retina é uma camada de prolongamento dos nervos, onde estão as células receptoras responsáveis por perceber a luz e ajudar a enviar as imagens ao cérebro. O dano aos vasos sangüíneos da retina pode ter como resultado vazamento de fluído ou sangue e que poderão causar fibrose e desorganizar a retina. Isto pode distorcer as imagens ou tornar as imagens que a retina envia ao cérebro borradas. O diabetes lesa os vasos sangüíneos da retina e pode ocasionar crescimento anômalo dos vasos numa fase mais avançada da doença. Os riscos de desenvolver retinopatia diabética aumentam quanto maior o tempo de doença dos pacientes. Provavelmente 80% das pessoas que tenham sofrido de diabetes por pelo menos 15 anos apresentam algum tipo de lesão nos vasos sangüíneos da retina.

Fatores de Risco

Duração do diabetes: fator mais importante. Depois de 10 anos de doença, a incidência é de 50%, depois de 30 anos, é de 90%. Controle metabólico: a manutenção de uma normoglicemia (açúcar controlado nos sangue) não vai prevenir o aparecimento da doença, mas pode retardá-la por alguns anos. Fatores diversos podem alterar o prognóstico: gravidez, anemia, hipertensão arterial sistêmica, tabagismo, dislipidemia, doença renal.


Sinais e Sintomas

Os efeitos da retinopatia diabética na visão variam dependendo do estágio da doença. Alguns sintomas comuns de retinopatia diabética são listados abaixo, entretanto, o diabetes pode causar outros sintomas no olho.


. Visão borrada (ligado freqüentemente aos níveis de açúcar no sangue)
. Moscas volantes e flashes
. Perda repentina da visão


Como diagnosticar a Retinopatia Diabética?

A melhor proteção contra a retinopatia diabética é submeter-se a exames periódicos da visão efetuados por um oftalmologista (médico especialista em olhos). A retinopatia grave pode existir mesmo sem sinais perceptíveis.
Para detectar a presença de retinopatia diabética, o oftalmologista examina o interior do olho usando um instrumento chamado oftalmoscópio. É preciso que as pupilas sejam dilatadas por algumas gotas de colírio.
Se o seu oftalmologista comprovar a presença de retinopatia diabética, pode decidir tirar fotografias a cores da retina ou pode recorrer a um exame especial chamado angiografia com fluoresceína para determinar se requer algum outro tratamento.
A angiografia com fluoresceína é um exame que consiste em injetar um corante fluorescente com uma seringa no braço do paciente e após, tirar uma série de fotografias dos olhos.

Tratamento

Em muitos casos o tratamento não é necessário mas, periodicamente, o paciente deverá se submeter a um exame oftalmológico. Em outros casos pode-se recomendar um tratamento para deter o avanço das lesões causas pela retinopatia diabética e, se possível, melhorar a qualidade da visão.










Na fotocoagulação, mira-se um raio laser na retina para selar os vasos sangüíneos, com pequenas aplicações, reduzindo aí o edema macular (mácula é a região da retina que possibilita ver detalhes minúsculos, como letras e números).

Para tratar a formação de vasos sangüíneos anormais (neovascularização) as aplicações são espaçadas ao longo das áreas laterais da retina. As pequenas cicatrizes resultantes da aplicação do laser reduzem a formação de vasos sangüíneos anormais e ajudam a manter a retina sobre o fundo do olho evitando o descolamento da retina.

Se a retinopatia diabética é descoberta em suas primeiras etapas, a cirurgia a laser pode desacelerar o ritmo de perda da visão.

Em casos onde se encontra retinopatia diabética proliferativa avançada, o oftalmologista poderá recomenda "vitrectomia".


O que você deveria saber

. O que é retinopatia diabética?
. Quais são as fases da retinopatia diabética?
. Quem corre o risco de desenvolver uma retinopatia diabética?
. Como a retinopatia diabética causa perda de visão?
. Retinopatia diabética têm qualquer sintoma?
. Quais são os sintomas da retinopatia diabética proliferativa, quando há sangramento?
. Como são descobertos o edema macular e a retinopatia diabética?
. Como o edema de macular é tratado?
. Como é tratada a retinopatia diabética?
. O que acontece durante tratamento de laser?
. O que é uma vitrectomia?
. Qual a diferença entre tratamento a laser e vitrectomia na retinopatia diabética proliferativa?
. O que eu posso fazer se já perdi um pouco da visão por retinopatia diabética?
. Que pesquisa está sendo realizada?
. O que posso fazer para proteger minha visão?
. O que eu deveria perguntar para o meu oftalmologista?
. Onde eu posso adquirir mais informação?

O que é retinopatia diabética?

Retinopatia diabética é uma complicação do diabetes e é a causa principal de cegueira. Acontece quando o diabetes danifica os vasos sangüíneos minúsculos dentro da retina (tecido sensível à luz), situados na parte posterior do globo ocular. É necessária uma retina saudável para uma boa visão.
Se você tem retinopatia diabética, no princípio você pode não notar nenhuma mudança em sua visão. Com o passar do tempo, a retinopatia diabética pode piorar a visão e até levar a perda total dela; a retinopatia diabética normalmente afeta ambos os olhos.

Quais são as fases de retinopatia diabética?

A retinopatia diabética tem quatro fases:

1. Não Proliferativa (inicial) - Nesta fase mais prematura, acontecem os microaneurismas (pequenas áreas de dilatação dos minúsculos vasos sangüíneos da retina).

2. Não Proliferativa (moderada) - Com o avançar da doença, alguns vasos sangüíneos que nutrem a retina são bloqueados.

3. Não Proliferativa (severa) - É quando muitos mais vasos sangüíneos são bloqueados e privam várias áreas da retina da chegada do sangue; com isto, estas áreas não são oxigenadas. Estas áreas da retina enviam sinais ao "corpo" para cultivar vasos sangüíneos novos para sua respectiva nutrição. Com isto, teremos os vasos neoformados (neovascularização).

4. Retinopatia Proliferativa - É a fase avançada da doença. Os sinais enviados pela retina solicitando melhor nutrição causam o crescimento de vasos sangüíneos anômalos (neovascularização). Esta condição é chamada de retinopatia diabética proliferativa. Estes vasos sangüíneos novos são anormais e frágeis. Eles crescem ao longo da retina e ao longo da superfície do humor vítreo (gel que preenche o globo ocular).










Retinopatia Diabética Background

Retinopatia Diabética Proliferativa

A Presença de vasos sangüíneos não causa sintomas ou perda de visão. No entanto, eles têm paredes frágeis que podem romper-se espalhando sangue pela cavidade vítrea, que poderá resultar em perda de visão.


. Quem corre o risco de desenvolver uma retinopatia diabética?

Todas as pessoas com diabetes tipo 1 e 2 correm este risco. Por isso, todo portador de diabetes deveria fazer o exame do fundo de olho ao menos uma vez por ano. Entre 40 a 45 por cento dos americanos diabéticos apresentam alguma fase da retinopatia diabética.
Na gravidez, a retinopatia diabética podem ser um problema para mulheres diabéticas. Para proteger a visão, toda mulher grávida com diabetes deveria ser submetida a um exame do fundo de olho o mais cedo possível.


Como a retinopatia diabética causa perda de visão?

Vasos sangüíneos danificados pela retinopatia diabética podem causar perda de visão de dois modos:

1. Vasos sangüíneos frágeis, anormais, podem crescer desordenadamente e se romper. Assim, espalham sangue para o centro do olho (cavidade vítrea), que poderá levar a perda de visão.

2. O fluído (líquido) pode vazar no centro da mácula, parte do olho responsável pela visão mais discriminativa. Este líquido faz a mácula inchar-se (edema) e altera a visão. Esta condição é chamada de edema macular. Pode acontecer em qualquer fase da retinopatia diabética, embora seja mais provável acontecer nas fases mais avançadas da doença. Aproximadamente 50% das pessoas com retinopatia diabética proliferativa têm edema macular.
Retinopatia diabética freqüentemente não tem nenhum sinal de advertência precoce. Não espere por sinais e sintomas. Esteja seguro e faça pelo menos uma vez ao ano um exame de fundo do olho com o oftalmologista.

Sintomas de retinopatia proliferativa, quando há sangramento


Hemorragia Vítrea

No princípio, você verá alguns pontos de sangue, ou manchas "flutuando" em sua visão. Se as manchas aparecerem, procure o oftalmologista o mais cedo possível. Você poderá precisar de um tratamento urgente, antes que aconteça uma hemorragia mais séria. Hemorragias tendem a acontecer mais de uma vez, freqüentemente durante sono.

Às vezes, mesmo sem tratamento, as manchas diminuem, e você enxergará melhor. Porém, se a hemorragia persistir, irá causar uma visão severamente borrada. Você precisa ser examinado por seu oftalmologista ao primeiro sinal de visão borrada, antes de outras hemorragias acontecerem.
Se ficar sem tratamento, a retinopatia proliferativa pode causar perda severa de visão e cegueira. Quanto mais cedo você receber tratamento, mais provável a sua eficácia.


Como o edema macular e a retinopatia diabética são descobertos?

São descobertos durante o exame oftalmológico:

Exame do fundo do olho: são pingados colírios em seus olhos para dilatar as pupilas. O oftalmologista, com auxilio de uma lente de aumento especial, própria para examinar a retina e nervo óptico, verificará se há sinais de alterações na retina. Depois do exame, sua visão para perto pode permanecer borrada durante algumas horas.

- Tonometria: é o uso de um instrumento para medir a pressão intra-ocular. Podem ser aplicados anestésicos no seu olho para este exame.

- Angiografia fluoresceínica: neste exame um corante especial é injetado em seu braço. São tiradas fotos da passagem do corante pelos vasos sangüíneos da sua retina. O exame permite que seu oftalmologista identifique qualquer vaso sangüíneo anômalo e recomende algum tratamento se necessário for.


. Como o edema macular é tratado?

Edema Macular pode ser tratado com aplicações de laser. Este procedimento é chamado tratamento de "laser focal". Seu oftalmologista faz pequenas aplicações de laser, que queimam as áreas de vazamento na retina, em toda a área que cerca a mácula. Estas queimaduras reduzem a velocidade do vazamento de líquido e reduzem a quantia de líquido na retina. A aplicação de laser normalmente é feita em uma sessão. Um novo tratamento mais adiante pode ser necessário.
Um paciente pode precisar de aplicação de laser focal mais de uma vez para controlar o vazamento do "líquido". Se você tem edema macular e necessita de aplicações de laser em ambos os olhos; só um olho será tratado de cada vez, com intervalo de uma semana.
Tratamento de laser focal estabiliza a visão e reduz o risco de perda de visão em 50 por cento. Em um pequeno número de casos, se a visão estiver perdida, esta poderá ser melhorada. Procure seu oftalmologista se você tem perda de visão.



Confira alguns links interessantes de sites relacionados com a visão.


Instituto Penido Burnier

Banco de Olhos de Campinas

Paciente (Receptores) na fila de espera por córneas





































































































































terça-feira, 23 de novembro de 2010

CÃES GUIA PARA CEGOS

Todos os cães podem servir como cães-guia?

Não. Os cães-guia têm de ter características muito próprias e específicas. Na verdade, mesmo entre as raças que estão mais indicadas para tal, somente um de cada quatro podem servir para desempenhar a contento as tarefas necessárias. Um cão-guia tem de ser especialmente calmo, dócil, obediente e suficientemente inteligente e maduro para tomar decisões quando necessário. Não pode ladrar e muito menos morder ou tentar morder às pessoas que circunstancialmente o possam rodear. Deve ter um andar fluente e certo. Não pode ter, por exemplo, displasias da anca, doença tão comum entre os cães de médio e grande porte.

Que raças podem ser usadas?

Presentemente a raça mais utilizada é o retriever do Labrador. Contudo são igualmente usadas outras. Golden retrievers, pastores alemães e boxers. Tal procedimento fica a dever-se ao facto de se ter de atender a vários condicionalismos como por exemplo, o clima onde vão atuar, a morfologia do utilizador e a sociedade onde este está inserido. Por exemplo, se vamos atribuir um cão-guia a um utilizador que seja muito alto, temos de pensar igualmente na altura do cão. Se fosse atribuído um cão demasiado baixo, resultaria evidentemente num desconforto para o utilizador, uma vez que este tem de conservar uma posição anatomica apropriada, mas tal não pode resultar em esforço, o que seria absolutamente desnecessário. Tem de se atender além disso a outros fatores. Se o utilizador freqüêntar transportes públicos, se o cão for demasiado grande, não se poderá colocar por baixo dos bancos, o que pode resultar em incomodo para os outros concidadãos. A raça mais utilizada é a retriever do Labrador.

Conhecendo um pouco de sua história

Primitivamente chamava-se aos Labradores de “pequenos Terra-nova” e ambas as raças apresentam a particularidade física de possuírem os dedos ligados por uma membrana. O Terra-nova recebeu a influência dos mastins, o que lhe proporcionou um maior porte, esqueleto forte e um pêlo mais comprido. Esses mastins tiveram seguramente origem nas montanhas dos Pirenéus, para aí levados pelos marinheiros bascos que se dedicavam à caça da baleia. Ao olharmos para um labrador podemos apreciar por um lado o seu corpo roliço, forte, com um bom tecido adiposo sob a pele que serve de câmara protetora contra o frio, e por outro um manto de pelagem apertada, espessa e impermeável. O seu tamanho, não muito grande (originariamente estes cães eram mais pequenos do que os atuais, produtos da criação britânica), o seu peito largo, que lhes permitia uma boa respiração para nadar nas águas geladas do Atlântico Norte, os seus pés com membrana, e o seu manto impermeável, faziam do Labrador o cão perfeito para acompanhar as grandes barcaças de pesca e atirar-se à água, se fosse necessário, para recuperar uma rede ou um objeto que tivesse caído.

O labrador é hoje uma das raças mais populares nos Estados Unidos, tanto como animal de companhia como na vertente de cão de caça, contando com centenas de associações por todo o país, que velam pelos seus cuidados e promoção. Os cães americanos não são oriundos da ilha da Terra Nova, pois são filhos de cães britânicos levados para o Novo Mundo no princípio do século XX. A senhora Howe ofereceu vários Labradores a reputados “sportman” de Long Island (Nova Iorque) antes da Primeira Grande Guerra Mundial. A primeira inscrição da raça nos registros do American Kennel Club teve lugar em 1917 e tratava-se de uma fêmea, oriunda da Escócia, chamada Brocklehirst Floss. A inscrição nos registros do American Kennel Club não pressupõe o reconhecimento imediato de uma raça, mas sim o início de um processo que se conclui com o reconhecimento oficial ou com o afastamento. A raça foi oficialmente reconhecida em 1932. A sua difusão nos Estados Unidos está estreitamente ligada à emigração escocesa. A caça era praticada como desporto, tal como na Europa, por uma minoria ligada à nobreza de sangue ou de dinheiro. Os caçadores americanos mais abonados, para evitar que se caçasse nas suas extensas terras, levaram consigo, desde a Escócia, guardadores de bosques, pois os mais acreditados eram originários daquela terra. Assim, eles encarregaram-se de levar e cuidar dos primeiros labradores, que os auxiliavam na caça e faziam o cobro das peças abatidas pelos “sportman”.

Por que ter um cão guia?

Infelizmente não existem técnicas milagrosas que possam resolver todos os problemas a todas as pessoas cegas. A utilização de um cão-guia é, pois, mais uma das técnicas ao nosso dispor mas infelizmente não dá para a maioria dos casos. Portanto, nem todas as pessoas cegas preenchem os requisitos para utilizar esta técnica. Para se possuir um cão-guia, tem de se ser equilibrado, física e emocionalmente. Tem de se ter boa orientação, mobilidade e equilíbrio. Tem de gostar de animais. Tem de ter uma vida estável, quer sobre o ponto de vista familiar ou profissional. No caso de viver em família, esta deverá aceitar bem o cão dentro de casa e tratá-lo tão bem como o dono. Ele ressentir-se-á extraordinariamente do contrário. Se a pessoa puder preencher todos estes requisitos, não vejo impedimento a que se possa candidatar a ter um cão-guia.

O deficiente visual que pensa em trocar a bengala por um cão-guia tem duas alternativas no Brasil: aguardar pacientemente na fila de espera de uma ONG por tempo indeterminado ou comprar o animal fora do país. O número reduzido de cães-guia no Brasil é um reflexo da dificuldade que existe para conseguir um animal treinado. Para se ter uma idéia, há 1,4 milhão de deficientes visuais no país, segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Entrar na fila do Projeto Cão-Guia da ONG Integra, em Brasília. Uma das maiores vantagens do cão-guia em relação à bengala, segundo o parecer de uma pessoa cega que utiliza, é a possibilidade de desviar de objetos acima do chão. “Com a bengala, você tem domínio de 1,5 metro à frente e não detecta um orelhão ou um galho de árvore. Em troca da proteção, para que trabalhe perfeitamente, ele precisa seguir a rotina rígida, receber alimentos nos horários corretos, além de fazer visitas freqüêntes ao veterinário e, ao menos uma vez por ano, passar por uma reciclagem do treinamento.

Custo do treinamento

Em média, o treinamento demora dois anos e custa o equivalente a R$ 25 mil no Brasil. Os deficientes visuais cadastrados no Projeto Cão-Guia e na Escola de Cães-Guia Helen Keller não pagam pelo animal, mas precisam enfrentar a fila de espera de tempo indeterminado. A coordenadora do Projeto Cão-Guia, Michele Pöttker, afirma que há cerca de 300 deficientes visuais na fila de espera da instituição. A ONG teria capacidade para entregar 25 cachorros por ano, mas, por falta de recursos, em 2009, preparou apenas quatro. No total, em nove anos, o projeto beneficiou 35 pessoas. A Escola de Cães-Guia Hellen Keller, que também é uma instituição filantrópica, espera entregar os primeiros animais treinados a partir de agosto de 2010. Já quem tem dinheiro para adquirir um cão no exterior precisa pagar a viagem e os gastos do período de adaptação de cerca de um mês para integrar animal e dono, além do valor cobrado pelo cão.


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